domingo, 7 de abril de 2013

O GRANDE COMEÇO

Como surgem ideias inovadoras? E até mesmo loucas?

Tudo começou no ano de 2012, aproximadamente no mês de novembro, há exatos 5 meses do início da competição, quando o professor Carlos Gustavo nos apresentou a desafiadora ideia de representar o estado do Amazonas em uma competição internacional. Porque tão desafiador? 

Pelo fato das melhores Universidades do mundo participarem, apresentando projetos inovadores e de alto nível. O nosso time será um deles. Representando a cidade de Manaus-Amazonas, composto em sua maioria por alunos de Graduação, Pós-Graduação da Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas e da FUCAPI. O time precisava de um projeto. Como elaborar este projeto?

Inicialmente, foram realizadas reuniões, brainstorms, para discutirmos e chegarmos a uma ideia. E elas chegaram! Entre elas: a bactéria armadilha para o HIV “Colitrap”, a detectora de Incêndio “Firebacter”, a jogadora de pacman "Pac-Coli", a indicadora de temperatura “TermoColi”, a espartana “AvengerColi” e a eleita, bactéria produtora de energia elétrica “Electrobacter":

A turminha de bactérias idealizadas por nosso time

Para chegarmos a esta conclusão não foi fácil, cerca de 3 meses discutindo e analisando sobre as ideias. Focávamos muito no produto ao invés dos métodos para a produção do mesmo. Biobricks, Primers, Plasmídeos, Terminadores, Chassis, Regiões RBS, Proteínas, etc.. O que usar?
Em 27 de janeiro foi um dia decisivo, o tal dia X para nossa equipe. Após passarmos o dia discutindo, finalmente decidimos pelo projeto Electrobacter. Foi então que a ficha caiu e percebemos que precisávamos de meios para tornar isso possível. Consegue perceber o quão louco isto é? Estávamos no mês de janeiro e com um prazo final de inscrição de menos de quatro meses! Quatro meses para escrever um projeto inovador e coeso!

ESTAMOS ALCANÇANDO NOSSO OBJETIVO!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Apresentação: O Grupo de Biologia Sintética de Manaus

Atualmente um grande volume de óleo de fritura residual gerados nas indústrias alimentícias, restaurantes comerciais, residencias, entre outros, são, em sua maioria, descartados inadequadamente, tornando-se grandes vilões ambientais, pois além de aderirem nas paredes das tubulações da rede coletora de esgoto, causando incrustações e entupimentos, a presença destes óleos nos corpos d’água (rios, lagos, igarapés) cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e oxigenação, comprometendo assim todo o ecossistema aquático, sendo uma das principais causas de mortandade de peixes. Por sua vez, óleos e gorduras são dificilmente decompostos por bactérias, o que torna o desafio ainda maior já que não há a degradação rápida dessas substâncias nocivas. 

No intuito de minimizar este grande problema ambiental, algumas alternativas vêm sendo apresentadas, tais como a produção de sabão, ração animal e biodiesel fabricado a partir dos óleos de fritura. Nossa equipe apresenta um projeto baseado em uma outra alternativa para a reutilização destes óleos. Trata-se de um projeto arrojado e inovador pois permitirá promover a degradação destes poluentes por meio de uma bactéria, resultando na geração de energia elétrica, ou seja produção de bioenergia por meio da degradação de óleo. Isso mesmo! Ao mesmo tempo que ocorre a biorremediação, também será gerado energia! Para isto ser possível estaremos utilizando a bactéria Shewanella amazonensis que apresenta a capacidade única de transferir elétrons diretamente das reações bioquímicas internas para o meio externo. A bactéria será melhorada a nível genético e será capaz de degradar óleos de fritura através da B-oxidação (reação bioquímica de quebra de gorduras), potencializando então a produção de elétrons. E por fim, utilizando uma MFC (células de combustíveis microbianos) será feita a geração de energia elétrica através da reação catalítica da bactéria. Tudo isso será possível graças à quantidade de informações e dados gerados por inúmeras publicações e por participarmos da Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas, o iGEM, sediada no Massachussetts Institute of Technology (MIT) nos Estados Unidos. Esperamos com esse projeto poder conseguir ótimas pontuações para chegar a final que ocorrerá no final desse ano em Boston (EUA) na qual concorreremos com mais de cem universidades e centros de pesquisa de todo o mundo. 

Ajude-nos a participar e a conseguir estar entre os primeiros neste ano, representando Manaus, o Amazonas e o Brasil!